terça-feira, janeiro 31, 2006

Qualquer dia eu atualizo isso aqui, provavelmente essa semana mesmo. Eu esperava um post da Amy, mas ela não se mexeu ainda. Bom, é isso. (y)

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Bom, agora é minha vez de postar alguma coisa. Achei bem clichê. Mas, (como diria a Amy) whatever...

Taí, quem tiver paciência leia.

[observação: não reparem em erros gramaticais, pois eu sou semi-analfabeto e dislexico]

Herança

O sol descia e tingia o céu num tom alaranjado, olhando para o outro lado podia-se ver o brilho prateado da lua aparecendo timidamente entre algumas nuvens, as cores (como de qualquer pôr-do-sol) não combinavam e ajudavam a tornar o clima mais tenso. As árvores ao redor pareciam estar observando atentamente aquela luta que se prolongara por horas a fio.
Ambos estavam ofegantes, parados, encaravam um ao outro desafiadoramente.
Por um momento uma brisa cortou o ar. O vento pareceu aliviar a dor de suas feridas e dar um novo fôlego para continuar... um último arquejo antes de avançar sobre seu oponente.
Seus olhos estreitaram-se, suas mãos apertaram ainda mais firmemente o cabo da espada, o sangue escorria de um corte em seu rosto, não poderia ceder à dor, se quisesse sobreviver, deveria avançar e agora era o único momento para isso. Correu furiosamente em diração ao seu oponente.
Estavam a pouco mais de um metro de distância agora.
Ele girou sua espada no ar e desferiu um golpe contra o pescoço dele, seu inimigo. O golpe foi bloqueado, seu adversário revidou de imediato com um golpe alto, ele então esquivou abaixando-se, com um uma rasteira, derrubou-o no chão e deu-lhe um golpe no peito, um golpe fatal.
Estava exausto e sangrando, desmaiou ao lado de seu, agora morto, adversário.
Quando finalmente acordou, já era noite, estava frio e suas roupas estavam rasgadas. Não poderia ir andando naquele estado até a cidade, decidiu então ficar ali até amanhecer. Acendeu uma pequena fogueira e sentou-se ao lado do corpo.
Olhando aquele homem morto, perguntava-se quais eram os propósitos dele. Agora que havia morrido, o que restou de suas causas que defendeu tão veementemente?
Terminara ali, todo um caminho, a vida de um homem, todos os propósitos, todos os valores...
Agora ele era um herói, seu oponente, um mártir.
Certamente aquela não era sua última batalha, e, talvez na próxima não tivesse tanta sorte.
Era o que lhes restava.
Um legado de sangue, de ideais, de mortes.
Apenas história.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

All right.. Começando de verdade agora.
oi, meu nome é Marina, pode me chamar de Amy (não, não sou fãzona de evanescence.... pelo menos não mais... mas o apelido já pegou XP por causa da semelhança fisica)
e esse blog nasceu de uma conversa com meu queriiiiido e chatonildo amigo May XD
Decidimos fazer um blog pra postar nossos contos/poemas e por aí vai.....
Nossas criações XD

Vou começar por um pequenininho, inspirado na fotinha abaixo



Durma Bem

O quarto estaria totalmente escuro, se não fosse a vela que a mulher segurava em suas mãos trêmulas. A vela preciosa que lhe permitia ver o rostinho de sua amada filha em seu sono de anjo.
Sorria ternamente, suspirando aliviada por saber que ela estava bem. A menina lhe dera, nos últimos dias, o maior susto de toda a sua vida!
-Elise, sua pequena tratante. Queria matar sua pobre mãe do coração, huh? – afagava os cachos dourados da criança de sete anos, agora segurando a vela em uma só mão. – Marie ficou tão triste em sua ausência... Você foi cruel com ela. Jurou que nunca a abandonaria e quase o fez! Eu e ela sofríamos juntas enquanto você ardia em febre aqui nessa cama... Rezávamos juntas para que se curasse logo. E os céus nos atenderam: veja como está mais fresca!
A mulher sussurrava docemente enquanto buscava Marie, a boneca de porcelana de estimação da pequena Elise, e a colocava nos braços da menina, tomando cuidado para não acordá-la.
-Suas amiguinhas vieram te procurar. Saber notícias suas. É uma pena que eu não estivesse em casa na hora. Teria deixado-as entrar de bom grado! Sei que sente falta delas e que vê-las a deixaria muito feliz. Mas eu não estava. E seu pai, você sabe... Ele não anda muito bem ultimamente, querida. Não está em condições de atender a porta e receber visitas. Eu sinto muito que este fato tenha causado-lhe mais tempo de solidão, mas sei que você entenderá. Sempre foi tão inteligente e compreensiva, minha menininha...
Sinto sua falta, sabia? Apesar de te ver todos os dias. Não é a mesma coisa. Por mais que me esforce em chegar cedo, há exatos dois dias eu só chego em casa quando você já está adormecida! Sinto falta da sua risada, do seu sorriso... Dos seus olhinhos brilhantes... De quando você diz “mamãe, mamãe, adivinha o que aconteceu?” e começa a contar como foi seu dia. É, sinto falta, mas isso não é motivo para não falar com você. Sei que você escuta e que no outro dia, saberá que estive aqui.
Prometo que amanhã vou chegar mais cedo, pequena. Cedo o suficiente para você sentar em meu colo e contar como foi o dia de brincadeiras com Marie. Eu prometo... Pode esperar.
Boa noite. Durma bem.

Encerrou o longo discurso e deu um beijo suave na testa da menina, cuja pele estava pálida devido à luz da vela.
“Tão pálida... Se eu não soubesse que é culpa da vela, ficaria preocupada...”
Deu uma última olhada para trás antes de fechar a porta.
-Ah, não, Mathilde, outra vez? – seu marido a estava esperando sentado em uma cadeira da sala de jantar, visivelmente irritado.
-Não queria que eu deixasse de desejar-lhe uma boa noite, queria?
Os olhos do homem encheram-se de lágrimas. Como se não bastasse tudo o que havia acontecido... Agora isso! O que havia feito para merecer tanto sofrimento?
-Mathilde... Entenda... Por favor...
-Quem não está entendendo aqui é você! -Mathilde disse, entre os dentes, vermelha de raiva, antes de virar-se e sair em passos rápidos e furiosos rumo ao quarto, deixando para trás um esposo já aos prantos.
-Mathilde... – chamou mais uma vez, mas não foi respondido. Jamais seria respondido outra vez.
Não como antes...
Não seria mais ela. Não eram mais os mesmos olhos. Não eram mais as mesmas palavras. Não eram mais os mesmos sentimentos. Não era mais a mesma mulher.
Sua perda havia sido dupla. O mundo não havia se contentado em tirar-lhe um ente querido e tirara-lhe logo as duas pessoas que mais amava no mundo.
Suspirando resignado, abriu a porta do quarto onde Mathilde estava antes de encontrá-lo. Não via coisa alguma, pois as luzes estavam apagadas, mas sabia o que repousava lá.
E quanto mais pensava nisso, menos suportava a idéia. Mas o que ele podia fazer?
-Nada... – ele tentou dizer, mas de seus lábios não saiu som algum, tamanhas eram sua dor e agonia.
Não. Se ficasse mais um segundo ali, enlouqueceria.
Pensando nisso, sacudiu a cabeça e fechou a porta de madeira com um rangido, sem nem olhar uma última vez para o corpo inerte de sua única filha.


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pronto. pleeeeeeeease, comentem \o/